Por MICHEL BITENCOURT
CEO da Tea Shop
O segmento saúde e bem-estar já vinha em alta na última década porque aos poucos ocorreu uma mudança de comportamento nas pessoas. Muita gente começou a se conscientizar sobre a importância de ter qualidade de vida, alimentar-se bem e praticar atividade física. Basta ver a expansão das redes de academia, a preferência pelos produtos orgânicos e tudo mais.
Números embasam essa mudança de atitude. O consumo de chá, por exemplo, cresceu 25% no Brasil entre 2013 e 2020, quase o dobro da média mundial de 13%. São dados da consultoria Euromonitor Internacional. É um crescimento bem superior ao de outras bebidas não alcoólicas, como sucos e refrigerantes.
Então as pessoas já vinham em um processo de mudança para hábitos mais saudáveis nos últimos anos. Com a pandemia isso se acelerou. Por quê? Porque atravessamos uma grave e inesperada crise de saúde. Neste momento, questões como bem-estar, boa alimentação, equilíbrio, defesas do organismo, hidratação e outras relacionadas à saúde adquiriram prioridade na vida das pessoas.
O chá tem tudo a ver com esse momento. É uma forma de expressar o cuidado consigo mesmo em diversos momentos do dia e para todas as idades – não é mais uma bebida consumida só por pessoas mais velhas. Tenho observado estudantes circulando por aí, levando na mão um take away com seu chá predileto.
Além disso, o chá conquistou espaço no dia a dia graças à sua versatilidade. Afinal, ele pode ser consumido de diversas maneiras: quente ou gelado, em smothies e drinques (com ou sem álcool), como ingrediente na preparação de pratos e sobremesas e em outras formas de harmonização.
É uma bebida ao mesmo tempo saudável e capaz de gerar bem-estar. Por tudo isso, o consumo de chá aumentou na pandemia.